top of page

Grupos de Trabalho (GTs)

Foto: Janaina Christina

Foto: Janaina Christina

GT01 - História e representações: a dimensão pedagógica de jogos, cinemas e mídias sociais

13/11, das 14h às 18, na Sala 01 do Walter Félix II

61923324_2230514403717382_82734529302925
Thays.jpg

Resumo:

O presente grupo de trabalho tem como objetivo oportunizar um espaço para os diálogos entre as práticas pedagógicas vivenciadas ou planejadas para a Educação Básica, por meio de jogos, cinemas e mídias sociais, que visam proporcionar aos alunos um processo de aprendizagem dinâmico e inovador. De acordo com Bittencourt (2011), os meios audiovisuais propiciam o desenvolvimento de novas habilidades e capacidades na compreensão do mundo, portanto, se faz necessário aos professores e professoras uma (re)interpretação dos diferentes meios de comunicação voltados para o processo de ensino e aprendizagem. O uso das diferentes linguagens em sala de aula facilita a aproximação dos alunos com o conteúdo estudado.

​

Justificativa da relevância do tema:

A proposta se deu a partir da execução de projetos de ensino no Colégio de Aplicação com os 6º ano, intitulado: Huni Kuin: Yube Baitana na dimensão pedagógica do ensino de história, 7º ano: Mulheres Acreanas: Lugar de mulher é onde ela quiser e 3º ano : Os super heróis e o Ensino de História, no qual utilizou-se diferentes tecnologias e linguagens afim de proporcionar aos alunos experiências de aprendizagem através dos jogos, filmes e mídias sociais utilizadas cotidianamente por eles. Entretanto, sabe-se que essas práticas, inovadoras, fazem parte do dia-a-dia de muitos alunos e professores, com isso, o presente GT visa oportunizar um diálogo entre as práticas pedagógicas voltadas ao ensino das humanidades, compartilhando experiências com outros alunos, graduados, graduandos, professores e comunidade acadêmica em geral. Por acreditarmos, que os trabalhos com este perfil e desenvolvidos nas escolas são de fundamental importância para identificação dos alunos com os conteúdos estudados e no desenvolvimento da autonomia do aprendiz, onde este aprende a construir o conhecimento por si mesmo.

​

Proponentes:

  • Profa Dra Geórgia Pereira Lima 

  • Profa Thays Lima Cavalcante

​

Currículo resumindo:

Thays Lima Cavalcante é licenciada em História pela Universidade Federal do Acre – UFAC (2018). Professora substituta do Colégio de Aplicação – UFAC atuando com ensino fundamental e médio. Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (2014 – 2018).

Geórgia Pereira Lima: Doutora em História Social (USP), Mestre em História (UFPE), Professora titular da Universidade Federal do Acre (UFAC), Coordenadora do Curso de Bacharelado em História e do Programa PIBID/UFAC, Integrante do Núcleo de Docente Estruturante (NDE) dos cursos de Bacharelado e Licenciatura e Membro da equipe LIFE/UFAC/CAPES.

GT02 - Pibid História Ufac: experiências inovadoras de ensino com pesquisa em escolas de Rio Branco-AC

12, 13 e 14/11, das 14h às 18h, no Lab. de Informática do LIFE

Captura de Tela (10)_edited.jpg
9bc9f736-b074-4e93-bba8-7885ffc0f548.jpg

Resumo:

O Grupo de Trabalho se destina à apresentação, análise e discussão das atividades de ensino/aprendizagem realizadas por bolsistas PIBID da área de História da UFAC a partir do mês de agosto do ano de 2018 com previsão de conclusão em janeiro de 2020.

​

Justificativa da relevância do tema:

Nos últimos anos, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da área de História da Universidade Federal do Acre (UFAC) tem atuado no sentido de elaborar propostas de ensino diferenciadas em contextos escolares acreanos. No ano corrente este intento foi renovado através do incentivo à construção de intervenções educacionais às quais denominamos “Aulas Inovadoras”, construídas por pibidianos junto a alunos e comunidades escolares. As referidas aulas tratam basicamente de uma construção conjunta não apenas da forma e ministração de conteúdos, mas principalmente, das abordagens e da produção dos próprios objetos do conhecimento trabalhados nas relações de ensino/aprendizagem desenvolvidas naqueles espaços. Deste modo, enxergamos na proposição deste GT uma importante oportunidade avaliativa das referidas ações. Avaliação não apenas com caráter somativo, mas como formação e socialização de possibilidades para repensar práticas escolares no caminho da transformação democrática da sociedade.

 

Proponentes:

  • Prof Dr José Dourado de Souza; e

  • Prof Me Armstrong da Silva Santos

​

Currículo resumindo: 

José Dourado de Souza é professor Associado da Universidade Federal do Acre (UFAC), lotado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Possui Graduação em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC - 1982); Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre (UFAC - 1988); Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1999); e Doutor em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG - 2011).

Armstrong da Silva Santos é professor Assistente da Universidade Federal do Acre (UFAC), lotado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Graduação em História (UFAC -1982); Mestre em Letras: Linguagem e Identidades (UFAC - 2014); e Doutorando em Letras: Linguagem e Identidades (UFAC).

GT03 - Cultura e experiências sociais com professores no ensino de história

Dia 13/11, das 14h às 18h, na Sala de Videoconferência do NTI/NIEAD

Captura de Tela (11)_edited.jpg
2cfff463-d659-42c3-bc3c-d97174d9318e_edi

Resumo:

O Grupo de Trabalho  pretende trabalhar a cultura e experiências sociais de professores(as) que ministram aulas de História no Ensino Fundamental e Médio na área urbana e rural do Estado do Acre.

​

Justificativa da relevância do tema:

Justifica-se o Grupo de Trabalho pela importância de estudar a cultura e as experiências sociais adquiridas por professores(as) no fazer pedagógico em sala de aula na área urbana e rural do nosso Estado.

​

Proponentes:

  • Prof Dr Carlos Alberto Alves de Souza; e

  • Prof Me Euzébio de Oliveira Monte

​

Currículo resumindo: 

Carlos Alberto Alves de Souza graduou-se em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC); doutorou-se pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC / SP); é professor no Curso de Licenciatura em História da UFAC; é membro da Academia acreana de letras e escreveu os livros: História do acre; Aquirianas e Trópicos Rebeldes, entre outros.

Euzébio de Oliveira Monte é graduado em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC); tem especialização em História da Amazônia pela Universidade Federal do Acre; é Mestre em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

GT04 - Dialógos biográficos em história contemporânea

Dia 12/11, 14h às 18h, na Sala 01 do Walter Félix II

wlisses.jpg
1ce389d5-89fd-4243-8b49-63859864daed.jfi

Resumo:

O grupo de trabalho será para que os alunos apresentem seus resumos de artigos escritos para as disciplinas contemporânea I e II sobre suas pesquisas sobre personagens do século XIX e XX.

​

Justificativa da relevância do tema:

O tema é relevante por estimular a pesquisa aos alunos na área de história contemporânea e possibilitar que estes discutam o tema a partir de personagens pesquisados pelos mesmo e façam referência com a história e seu lugar no mundo.

​

Proponentes:

  • Prof Dr Wlisses James de Farias Silva

  • Edinaira Ferreira da Silva

  • Victor Hugo Silva da Cruz

​

​

​

​

​

​

​

​

Currículo resumindo: 

Wlisses James de Farias Silva é Professor de história contemporânea na universidade federal do acre

b6cec927-d42c-427e-8a3a-962bb8e2efaa.jfi

GT05 - Ensino de história, escola e formação inicial do professor de história

Dia 12/11, das 14 às 18h, na Sala de videoconferência do NTI/NIEAD

Captura de Tela (10)_edited.jpg
ebc583b1-bb45-4c57-99d0-ea9d1e70bff6.jpg

Resumo:

Este Grupo de Trabalho se destina à apresentação, análise e discussão dos resultados de pesquisas e vivências em escolas públicas da Cidade de Rio Branco realizadas por alunos do 6º período do Curso de Licenciatura em História da Ufac durante o 2º semestre de 2019, buscando compreender a escola como espaço de construção e socialização do saber histórico a partir de uma perspectiva que considera o aluno como construtor do conhecimento que está sendo conhecido, numa inteiração entre o seu saber (sociedade), o saber do professor e as orientações curriculares da escola. ​

​

Justificativa da relevância do tema:

Anualmente a disciplina de Ensino de História é ministrada no Curso de Licenciatura em História da UFAC. Cinquenta por cento da carga horária desta disciplina é destinada para a realização de atividades práticas nas escolas, exigindo dos alunos a apresentação de um relatório minucioso sobre diversos aspectos da escola e do ensino de história que ela ministra, ouvindo também professores de história e alunos destes professores. Deste modo, a partir do 2º semestre deste ano (2019), decidimos que o resultado desta vivência e da pesquisa realizada por estes alunos, deveria ser socializado não só entre os próprios alunos do Curso de História, mas também no seio da comunidade interna e externa da UFAC. Por esta razão, além do relatório, os alunos que frequentam esta disciplina irão produzir um artigo, com o propósito de publicar na revista Das Amazônias e apresentar em seminários, como é o caso deste evento que comemora os 40 anos do Curso de História. Isto contribuirá para uma melhor formação dos nossos discentes e para alcançarmos uma melhor avaliação do nosso Curso por parte do MEC. ​ ​

 

Proponentes:

  • Prof Dr José Dourado de Souza; e

  • Profa Maria José Nascimento Correia

​

Currículo resumindo: 

José Dourado de Souza é professor Associado da Universidade Federal do Acre (UFAC), lotado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Possui Graduação em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC - 1982); Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre (UFAC - 1988); Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1999); e Doutor em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG - 2011).

Maria José Nascimento Correia é Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Acre (PPGE-UFAC). Licenciada em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC - 2017). Foi professora substituta da área de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – (CFCH), da Universidade Federal do Acre (UFAC – de 2017 a 2019).

GT06 - Diálogos sobre saúde e dooenças nas Amazônias/Pan-Amazônias

Dia 12/11, das 14 às 18h, na Sala 02 do Walter Félix II

ff2e63f2-e17a-4b87-b6fd-e3fcd9de2dcf_edi

Resumo:

Este Simpósio Temático (ST) visa congregar trabalhos de pesquisas e ensaios, cujo foco e abordagem estejam voltados para discutir as múltiplas artes de curar desenvolvidas nas Amazônias e Pan-Amazônias. A perspectiva é dialogar com o processo de constituição social e histórica desses saberes/fazeres, bem como com as relações que mantiveram com instituições públicas e setores letrados da sociedade brasileira, no geral, caracterizadas por paradoxos, considerando que não era possível simplesmente negá-las ou ignorá-las, devido à inserção e legitimidade destas práticas junto à grande parcela da população, como ressalta Luiz Otávio Ferreira (2003). Muitas são as abordagens sobre as artes de curar nas Amazônias/Pan-Amazônias. O padre francês Constant Tastevin (1926), por exemplo, escreveu em relatório de viagem produzido durante ação missionária realizada no rio Tarauacá, no ano de 1926, que o uso de plantas e ervas fazia parte do cotidiano das populações locais, que as utilizavam para o tratamento de uma diversidade de moléstias. Mas, também existem escritos e relatos sobre a constituição dessas práticas enquanto delito. Aldrin Moura de Figueiredo (2003; 2013) escreveu sobre incursões realizadas pela polícia paraense contra pajés, no limiar do século XX, e sobre o mal-estar que as barracas dos pajés, armadas em frente ao Museu Goeldi, provocou em parte dos habitantes de Belém, no ano de 1922.

​

Justificativa da relevância do tema:

Dialogar com esses diversos saberes e fazeres constitui-se em uma forma de problematizar/desmantelar narrativas construídas desde o século XVI por viajantes que vieram para a região. Tais narrativas, de acordo com Neide Gondin (1994) inventaram a Amazônia. Gerson Rodrigues Albuquerque (2015) nos mostra que a Amazônia inventada pelos viajantes, foi caracterizada enquanto inapta e desprovida de saberes. Os sujeitos sociais que viviam/vivem nesses espaços foram descritos, na maioria das vezes, como incapazes de produzir, criar, gerir. Reproduziu-se o conceito de sertão, palavra que, de acordo com Nísia Trindade de Lima (1999), passou por diferentes processos de significações/ressignificações prevalecendo, no entanto, a concepção de espaços vazios.

 

Proponentes:

  • Prof Dr Sérgio Roberto Gomes de Souza

​

Currículo resumindo: 

Sérgio Roberto Gomes de Souza é graduado em História pela Universidade Federal do Acre (1993), Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) (2014) - área de concentração: História da Ciência e da Técnica.

GT07 - História(s) e Representações em Contextos Religiosos

Dias 12 e 13/11, na Sala 03 do Walter Félix II

IMG-20191024-WA0012.jpg
IMG-20191024-WA0011.jpg

Resumo:

Este Grupo de Trabalho, da XIX Semana de História tem como finalidade discutir os diversos sistemas de crenças a partir da perspectiva de formação/transformações históricas e suas representações simbólicas. Desta forma, serão recebidos resultados de pesquisas (finalizadas ou em andamento) que incluam os mais diversos contextos religiosos (indígenas, católico, pentecostal, afro-brasileiro, ayahuasqueiro, budista, messiânico, esotérico, dentre outros). Serão valorizados, ainda, estudos que tratem de grupos religiosos, sem caráter institucional formal.

Destaco que este grupo temático não aceitará apenas propostas de pesquisadores universitários, mas está aberto a outros trabalhos advindos de pessoas fora do eixo acadêmico, visto que a ideia deste encontro será é a de valorizar um diálogo intercultural entre os participantes que irão trazer, a este GT, conhecimentos e saberes, que são fundamentais para a compreensão e de diversas visões de mundo.

​

Justificativa da relevância do tema:

Com o advento da História Cultural foram rediscutidos diversos campos voltados a investigação de questões que aproximam a disciplina histórica da Antropologia (BARROS, 2004, 2005), dentre eles o de História das Religiões. Esta área de estudos até Século XIX era analisada pela via eclesiástica. Todavia a partir da segunda metade do Século XIX, a partir das obras de Max Müller (1973), passamos a observar uma história comparada das religiões (HERMANN, 2011). No Século XIX, alguns evolucionistas também se preocuparam com estudos sobre religião, a exemplo de James Frazer que, mesmo com visão etnocêntrica, escreveu (1982), um dos marcos para este campo de estudos. Com o advento da Escola dos Annales, obras voltadas da História que se aproximavam com a Antropologia foram elaboradas, com menção especial ao livro Os Reis Taumaturgos: O caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra,  de Marc Bloch. A preocupação com o sagrado marcou obras de Rudolff Otto, que em 1917 lançou uma obra designada de O Sagrado (1985), assim como Émile Durkheim em As Formas Elementares da Vida Religiosa (2002), que utilizou método comparativo como forma de análise, influenciando outros pesquisadores tais como Robert Hertz (1960). Tanto Durkheim, quanto Hertz elaboraram estudos comparativos de instituições baseando-se em materiais etnográficos coletados em várias partes do mundo por viajantes e outros pesquisadores. Há também forte contribuição da psicologia onde destacam-se Carl Jung (considerando a religião como algo “numinoso”) e Freud, que escreveu a obra Totem e Tabu (2012). Observa-se neste período, também, a ascensão de uma história fenomenológica das religiões. Logo, não se trata mais de uma escola eclesiástica, tampouco evolucionista, mas uma outra possibilidade de abordagem, uma discussão sobre o fenômeno religioso em suas mais diversas variantes. O principal expoente deste tipo de história foi o romeno Mircea Eliade (1957; 1993). Ele se preocupou bastante com a análise dos símbolos e, também, com a questão do sagrado e do profano evidente em várias de suas obras. Este teórico fazia parte de uma História Fenomenológica das Religiões, que foi criticada duramente pela Escola Italiana de História das Religiões, que teve como principais expoentes Rafaelle Petazzone (1956), que passou a ter uma preocupação com a historicidade das religiões, principalmente no que concerne a movimentos religiosos. Esta Escola Italiana se encontra no limiar da História com a Antropologia e problematiza qualquer discurso anti-histórico e desapegado a contextos socioculturais mais abrangentes. Desta forma, os historiadores italianos de religião não buscam uma essência universal para o fenômeno, mas o compreendem como dotado de singularidades e que deve ser enxergado sob a ótica da pluralidade (PETAZZONI, 1956; MASSENZIO, 2005). Portanto, observam as religiões como resultados da história e contam com universo diverso, plural e heterogêneo. Neste sentido, elas pertencem a fenômenos culturais específicos pois são manifestações humanas construídas e ressignificada em tempos e espaços distintos (SILVA, 2004). Angelo Brielich aprofundou o debate sobre a própria concepção de religião. Neste caso, uma sociedade define o conceito a partir de um momento histórico – cultural determinado, dando a ele um sentido, uma visão de mundo particular em contexto histórico determinado. Brielich desenvolve um conceito de religião na qual os conceitos variam de uma sociedade para outra. Além disso, manifestou que é impossível chegar a um consenso teórico por parte dos historiadores, valorizando, desta forma, a posição conceitual adotada por cada um e os conceitos locais de cada grupo, comunidade ou sociedade. Portanto, não há significado preciso e global para religião. Esta palavra não existe, por exemplo, para sociedades indígenas e tribais africanas, visto que são muito mais conceitos teóricos cunhados em perspectivas de escolas ou correntes de pensamento, que trabalham com a perspectiva religiosa no âmbito científico e/ou filosófico. Todavia, o mesmo arrisca uma noção sobre o termo religião. Neste caso, ela nada mais é do que um sistema de crenças na qual os sujeitos estão imersos (BRIELICH, 1977).

Convém dizer que há outros estudiosos no campo da antropologia simbólica que influenciaram historiadores de religiões, a exemplo de Victor Turner com seus conceitos sobre rituais, dramas sociais e performances (TURNER, 1974; 1975b; 1982; 1987 a; 2008), Edward Evans – Pritchard (1976) com noções sobre traduções dos símbolos culturais e Clifford Geertz (1979) com o conceito de religião como sistema cultural, com valorização dos discursos locais dos atores sociais.

Outros historiadores inspiraram pesquisas sobre religiões a partir de conceitos sobre representações, a exemplo de Roger Chartier (1991). Para ele, as representações contêm: a) classificações e divisões que organizam a apreensão do mundo social como categorias de percepção do real; b) variáveis, mediante o grupo, comunidade e classes sociais; c) interesses de grupos onde poder e dominação estão sempre presentes; d) lutas simbólicas; e) formas parciais de discurso sobre o mundo; f) referências de afirmação do grupo. Em sua concepção elas estão diretamente articuladas ao mundo social e por isso devem ser compreendidas como formas de colocar o ausente presente. Servem, também, para justificar e legitimar o discurso de um grupo social.

Até o final da década de 90 do Século XX foram formadas diversas linhas de pesquisa em História das Religiões com destaque para: a) História Antropológica Qualitativa, onde segundo Silva (2004) abrange principalmente estudos sobre magia, arcaísmos e religiões rurais e parece existir uma confluência entre etnografia e folclore; b) História Biográfica, também designada como História de Vida, onde os fenômenos religiosos passam a ser analisados a partir de personagens. Este gênero não consiste em novidade. Todavia o gênero da prosografia, ou seja, recuperação de biografias individuais, voltou com força total com o intuito de auxiliar na compreensão das relações que se estabeleciam em determinados períodos; c)  História religiosa de tradições diferentes; d) História da laicidade, ou História intelectual, que constitui tradição oriunda do iluminismo. Esta área de conhecimento dentro da História das Religiões é, também, uma forma de associar história e cultura; d) História das heterodoxias, a exemplo do anticlericalismo e do cabalismo; e) História do Missionarismo, especialmente das missões religiosas (Brasil e exterior); f) Gênero e Religião; g) História das periferias religiosas; h) Religião e meio de comunicação; i) História das sociabilidades e dos movimentos religiosos, ou como se constroem estes movimentos, como por exemplo terreiros de Umbanda, religiões ayahuasqueiras brasileiras; j) cosmologias e representações ritualísticas em seus mais diversos contextos.

O campo de História das Religiões é fértil e envolve questões pertinentes e contemporâneas. Desta forma, os trabalhos apresentados podem suscitar problemas a serem elucidados por alunos e professores do curso de História, pesquisadores da Universidade Federal do Acre e de outras instituições e representantes de comunidades.

Convém dizer que durante os quarenta anos do curso de História foram produzidos excelentes trabalhos acadêmicos, mas a produção historiográfica ainda é incipiente. Sendo assim, eventos como este podem incentivar discentes do curso a se interessar pela História das Religiões.

Os trabalhos apresentados poderão ajudar, ainda, a desnaturalizar discursos preconceituosos e etnocêntricos sobre sistemas de crenças religiosas abrindo possibilidade para tolerâncias religiosas a partir do momento que se compreende mais sobre o mundo do OUTRO.

​

Proponentes:

  • Prof Me Wladmyr Sena Araújo

  • PhD. Francisco Pinheiro de Assis

​

Currículo resumindo: 

Wladimyr Sena Araújo é graduado em História pela Universidade Federal do Acre, Especialista em Artes Cênicas Pela Faculdade de Artes do Paraná e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas. Foi professor de diversas instituições de ensino superior, ministrando, especialmente, disciplinas voltadas à História e Antropologia. Tem experiência com pesquisas com populações tradicionais (quilombolas, índios, seringueiros, açorianos, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhos e comunidades ayahuasqueiras). Realizou pesquisas na área ambiental e cultural, com ênfase em Inventários de Referências Culturais.

Francisco Pinheiro de Assis é Pós – Doutor em Ciências da Religião pela Pontícia Universidade Católica de São Paulo (PUC)/Universidade Católica Portuguesa com a pesquisa A Transnacionalidade da Devoção Popular de Santa Raimunda do Bom Sucesso na Bolívia e Peru. Doutor em História Social pela PUC/SP. Mestre em História em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em História da Amazônia pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Graduado em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Vinculado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Sua área de especialidade é História do Acre e Devoções Populares. Atualmente é Diretor de Arte, Cultura e Integração Comunitária (DACIC) da Universidade Federal do Acre.

GT08 - Iniciação e investigação a pesquisa cientifica e Interdisciplinar

Dias 12 e 13/11, na Sala 04 do Walter Félix II

Geórgia.jpg
Captura de Tela (14)_edited.jpg

Resumo:

O GT: Iniciação e investigação a pesquisa cientifica e Interdisciplinar pretende ser um espaço para os debates de propostas e, ou, projetos de pesquisa de iniciação cientifica que envolve as ciências das Humanidades, especificamente os estudo que visem o cotidiano acreano, amazônico, brasileiro e Latino Americano numa abordagem inter e transdisciplinares. Visa discutir a diversidade das Amazônias, Brasil e o contexto nos mais variados aspectos socioambientais, políticos, econômicos e sociais, bem como, os trânsitos de pessoas, mercadores e coisas entre as amazônias latinas.

​

Justificativa da relevância do tema:

O debate e compartilhamentos de experiências de pesquisas e estudos entre temáticas das diversas áreas do conhecimento cientifico se constitui uma premissa na Universidade Federal do Acre (Ufac). Assim, o GT Iniciação e investigação a pesquisa cientifica e Interdisciplinar será uma oportunidade e efetivo momento de discussões do “saber fazer” da pesquisa nas ciências humanas, particularmente, em história.

Sob outro prisma, esse espaço proporcionará a socialização de saberes: conceituais, articulados entre teoria e metodologia no projeto de pesquisa, “ser” atitude de pesquisad@r, através de um diálogo entre pesquisador@s visando, aprimorando e potencializando a produção acadêmica. Assim, no primeiro momento se pretende a realização de uma apresentação pública de 10 a 15min, expondo individualmente os resultados das pesquisas realizadas e em andamento realizadas pelos participante do GT.

Portanto, esse será um espaço de conversas, perguntas e diálogos entre pesquisadores participantes que ao socializar suas perspectivas e, ponderações as temáticas apresentadas se constituirá num debate acerca das diversas temáticas de estudo.

 

Proponentes:

  • Profa Dra Geórgia Pereira Lima; e

  • Profa Emilly Nayra Soares Albuquerque

​

Currículo resumindo: 

Geórgia Pereira Lima: Doutora em História Social (USP), Mestre em História (UFPE), Professora titular da Universidade Federal do Acre (UFAC), Coordenadora do Curso de Bacharelado em História e do Programa PIBID/UFAC, Integrante do Núcleo de Docente Estruturante (NDE) dos cursos de Bacharelado e Licenciatura e Membro da equipe LIFE/UFAC/CAPES.

Emilly Nayra Soares Albuquerque: Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade (PPGLI/UFAC), Professora Substituta da área de História, com atuação nas disciplinas: Seminário de Pesquisa, Pesquisa Histórica, Documentação Arquivista e Monografia.

GT09 - República brasileira e autoritarismo

Dia 13 e 14/11, das 14h às 18h, no Auditório da ADUFAC

24837a8c-8fa3-4b05-901f-a1748d326a15.jpg
19d7b07d-657f-41da-8f8e-91182faa025c.jpg

Resumo:

A instauração do regime republicano no Brasil aconteceu em caráter tardio se comparado aos demais países do continente sul americano, todavia, a exemplo dos vizinhos aqui também significou a necessidade de amadurecimento das relações sociais e políticas que nem sempre foram harmoniosas. Nos cento e trinta anos de governo republicano várias passagens se construíram sob inspirações autoritárias, a serem recordadas desde o momento da própria promulgação da república, perpassando governos cujos chefes do executivo chegaram ao posto sem eleições diretas e constitucionalmente válidas, ou ainda nas situações em que gestores constituídos por sufrágio universal assumiram postura arbitrárias em detrimento da carta magna vigente. Diante disto é que se propõe o presente Grupo de Trabalho, que visa congregar pesquisadores com fins de apresentação e diálogo de trabalhos em formato de comunicação oral e/ou artigo referentes a república brasileira e as diferentes manifestações de autoritarismo. ​

 

Justificativa da relevância do tema:

No primeiro trimestre de 2019, motivado por sugestões do executivo federal acerca de festejos do marco de instauração do regime civil-militar que vigorou entre 1964 a 1985, evidenciou-se no Brasil a grande polêmica a respeito das práticas autoritárias dentro da república. De tal forma que as discussões tornam explicitas as controvérsias nacionais sobre a validade, a redução ou até mesmo a supressão de direitos humanos, civis e políticos. Dentro deste contexto, os historiadores e demais pesquisadores sociais se viram compelidos a debruçarem-se sobre páginas pungentes de nossas treze décadas de governo republicano, para analisarem a efetividade de duração da democracia brasileira e enfatizarem que a arbitrariedade esteve presente em um terço desse período. Sendo isto uma constante desde a imposição da república com o governo provisório de Deodoro da Fonseca, passando pela administração do Marechal de Ferro, transpondo o longevo período de estado de sítio com Arthur Bernardes, se estendendo sob a gestão “revolucionária” de 1930 a 1934 e depois com o Estado Novo, renascendo no período de 1964 a 1985. Assim, fez-se o tema obrigatório para o debate em salas de aulas de diversas IFES brasileira e em nosso caso específico, resultando tanto nas duas edições do Dossiê homônimo a ser publicado na Revista Das Amazônias, quanto na proposta do presente Grupo de Trabalho.

​

Proponentes:

  • Profa Dra Nedy Bianca Medeiros de Albuquerque; e

  • Wálisson Clister Lima Martins ​

 

Currículo resumido:

Nedy Bianca Medeiros de Albuquerque é formada em História pela UFAC (1999), Mestra em História pela PUC/SP (2002), graduada em Direito pela UNINORTE (2009), Doutora em História Social pela USP (2015). Professora Associada nível I, lotada no CFCH/UFAC, responsável pelas disciplinas de História do Brasil nas graduações de História e Formação Social da Amazônia no curso de Jornalismo da UFAC. Colaborou como professora formadora e orientadora das especializações em História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Educação das Relações Étnico-Raciais da UNIAFRO entre os anos de 2014 a 2015. Atuou como professora formadora e orientadora da formação em Educação das Relações Étnico-Raciais da UNIAFRO no ano de 2016. Cooperou como professora formadora do curso de Educação das Relações Étnico-Raciais: a História da População Negra no Brasil e os desafios da Lei 10.639/03 promovido pelo NEABI/UFAC em parceria com o ODR/UFAC (2019). É integrante do Grupo de Pesquisa NEABI/UFAC. Faz parte da comissão editorial da Revista Das Amazônias do CFCH/UFAC. Tem experiência nas áreas de História e Educação, com ênfase na Educação das Relações Étnico-Raciais, História do Brasil, História e Meio Ambiente, História e Imprensa.

Wálisson Clister Lima Martins possui aperfeiçoamento em Educação das Relações Étnico-Raciais da UNIAFRO (2016) e graduação em História pela Universidade Federal do Acre (2019). Atualmente é membro da comissão editorial da Revista Das Amazônias do CFCH/UFAC, mestrando em Educação pela Universidade Federal do Acre e é também pesquisador voluntário do projeto Observatório de Discriminação Racial na Educação Básica. É integrante do Grupo de Pesquisa NEABI/UFAC. Tem experiência na área de Educação com ênfase em Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história, raça, sexualidades. ​

GT10 - Pesquisas indígenas: relações históricas, atualidades e perspectivas

Dia 12/11 (alterado), das 14h às 18h, na Sala de Reuniões do Bach. em História

pp (1).jpg
pp.jpg

Resumo:

Este GT tem como objetivo dar visibilidade a todos os aspectos que envolvem as temáticas indígenas no âmbito do curso de história da Universidade Federal do Acre, as questões de amplitudes internacionais, nacionais, estaduais, municipais e universitárias que tangem e problematizam as relações e concepções ainda colonialistas que permeiam as relações epistemológicas e sociais. Neste sentido levantamos algumas questões para suscitar reflexões e proposições:

- Como as questões indígenas são tradadas no âmbito das relações étnico-raciais?

- Quais as práticas em torno da obrigatoriedade de estudo e conhecimento das histórias indígenas no curso de história?

- Podemos falar em decolonialidades ou ainda vivenciamos a reprodução enviesada da história?

- O que sabemos sobre protagonismo indígena?

- O que sabemos sobre as mulheres indígenas, seus saberes, tecnologias e representatividades?

- O que são colonialidades e decolonialidades no âmbito do curso de história da Ufac em relação ao trato e às relações estabelecidas com estudantes, pesquisadores e professores indígenas?

- Como concebemos e o que sabemos sobre os diferentes conhecimentos, ciências, medicinas e tecnologias indígenas no âmbito dos 16 povos do estado?

- O que sabemos e o que praticamos em torno da lei 11.645 de 2008?

- O que a área da história tem a contribuir com o entendimento sobre o que é o racismo institucional?

- O que ainda se percebe de colonialidades no ensino de história?

- Há práticas decoloniais no ensino de história sobre o contexto, questões e temáticas indígenas?

- Quais os estudos e entendimentos sobre justiça social, racial, direitos humanos e desconstrução do racismo no âmbito da área de história?

​

Justificativa da relevância do tema:

As temáticas indígenas constituem de longa data, desafios e necessidades dentro das universidades brasileiras. O protagonismo indígena é citado e de certo modo reivindicado, porém não o é efetivamente concebido. O contexto acadêmico apresenta características e fatores que geram dificuldades de comunicação, articulação e interação entre as diferentes áreas de conhecimento. Para se conceber efetivamente a temática e o protagonismo indígena há que se reinventar a universidade no sentido de que as diferentes áreas de conhecimentos façam o exercício do diálogo, da construção ou abertura para se estabelecer novos paradigmas e epistemologias. Esta é a única forma de traçar a efetivação da inclusão e o reconhecimento dos 16 povos indígenas como riquezas do potencial e diversidade humana. É nesta perspectiva que propomos este GT e provocamos a comunidade acadêmica a vir discutir e problematizar essas questões.

​

Proponentes:

  • Prof Eldo Carlos Gomes Barbosa Shanenawa

  • Profa Ma Claúdia Marques de Oliveira

 

Currículo resumido:

Eldo Carlos Gomes Barbosa Shanenawa Professor indígena pertencente aos povos Shanenawa e Huni KuÄ©, também conhecido pelos nomes: Puruma Shanenawa e Bane Huni KuÄ©. Graduado em Pedagogia pela Universidade Paulista. Professor indígena desde 2004 dos Povos: Madija, Shanenawa e escolas da zona rural de Rio Branco. Atuou como Assessor Técnico Pedagógico da Coordenação de Educação Escolar Indígena da SEE/Acre. - Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagens e Identidades. - Professor Pesquisador do Laboratório de Interculturalidades da Ufac – Labinter/Ufac. - Revisor da produção de materiais didáticos do povo Shanenawa. - Coordenador da Organização de Professores Indígenas do Estado do Acre – OPIAC. - Membro do Instituto Ecumênico do Acre na cadeira reservada aos povos indígenas. - Integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre Neabi/Ufac e do Instituto Federal do Acre – Neabi/Ifac.

Cláudia Marques de Oliveira - Graduada em Normal Superior atual curso de Pedagogia pelas Faculdades Pedro Leopoldo; - Mestre pelo Programa de Pós-Graduação: Conhecimento e Inclusão Social em Educação pela Fae/UFMG. - Professora substituta na Universidade Federal do Acre, integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre - Neabi/Ufac. - Pesquisadora do Observatório da Discriminação Racial da Ufac. - Professora associada à ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Negras. ​

Título_do_evento_1.png

De 11 a 14 de Novembro de 2019, Ufac Campus Rio Branco

bottom of page